
Ah, se essa escada falasse! Talvez ela nos contasse sobre o transcorrer do tempo, nos corpos, na casa, nas criações. Ou talvez escolhesse nos contar sobre os encontros que presenciou, daqueles raros, que perduram por toda uma vida ou mesmo dos fugazes; visitas pra um cafezinho e um dedo de prosa. Poderia falar também sobre as inúmeras despedidas, do aceno coletivo no topo da escada, algumas delas breves, mochila nas costas, com data marcada para o retorno, outras mais doídas, presença escapando pelos dedos. Desde o ano de 1985 o Lume vem se reinventando e resistindo coletivamente. Já fomos 3, 9, 13, 16, 21. E cada um, à sua maneira, sonhou e construiu conosco o que somos hoje. Nossa gratidão a toda a equipe que nos acompanhou e acompanha, parceiros de criação, sem vocês esse sonho seria impossível.






