LUME ocupa SP Escola de Teatro
durante a Virada Cultural 2025 em celebração aos seus 40 anos
São Paulo recebe a "Casa LUME 40 anos Ocupa a SP",
com programação nos dias 24 e 25 de maio
O LUME Teatro celebra quatro décadas de trajetória contínua com uma participação especial na Virada Cultural 2025, nos dias 24 e 25 de maio, ocupando as instalações da SP Escola de Teatro - Centro de Formação das Artes do Palco, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, na Praça Roosevelt, centro de São Paulo. A ação marca os 40 anos do grupo com a ocupação "Casa LUME 40 anos Ocupa a SP": serão 24 horas transformadas em um espaço vivo de convívio, trocas e apresentações artísticas. Ao todo serão apresentados 9 espetáculos, em 13 sessões espalhadas pela escola. Diversas salas e andares do prédio serão ocupados por espetáculos, performances, intervenções do repertório do grupo, em um convite aberto ao público para celebrar a arte, o tempo e a presença. O projeto conta com a com a realização da Prefeitura Municipal de São Paulo, Lume Teatro e SP Escola de Teatro. Confira a programação completa.
Sobre o LUME Teatro - 40 anos de arte, pesquisa e criação
Fundado em 1985, o LUME Teatro é reconhecido como um dos principais núcleos de pesquisa da arte do ator no Brasil. Formado por sete atores-criadores, o grupo desenvolveu ao longo de quatro décadas uma vigorosa metodologia de treinamento e criação cênica, que resultou em um repertório diversificado: do teatro físico a intervenções comunitárias de grande escala, passando por solos e espetáculos de grupo.Premiado nacional e internacionalmente — com destaque para os Prêmios Shell de Teatro (2013 e 2018) — o LUME impactou milhares de artistas e espectadores em todo o mundo com seus espetáculos, oficinas, direções e ações colaborativas. Sua sede em Campinas-SP consolidou-se como um centro de irradiação artística, intercâmbio e formação contínua.Para a Virada Cultural 2025, o LUME propõe um formato expandido, que acolhe múltiplas gerações de artistas e público, ecoando a potência do coletivo e a riqueza das linguagens cênicas desenvolvidas ao longo de sua história.
PROGRAMAÇÃO - SP Escola de Teatro - Unidade Roosevelt
Sábado - 24 de maio
16h00 – Vozes do Lume - Memória em Canção - Sala - Memórias | L 4
18h00 – Café com Queijo - Sala - Café com queijo | L 8
18h30 – Prisão para a Liberdade - Sala - Memórias | L 4
18h30 – Cabaré Efêmero - Sala - Risos | L 6
20h30 – SerEstando Mulheres - Sala - Memórias | L 4
22h00 – Cabaré Risos de Outono - Sala - Risos | L 6
Domingo – 25 de maio
10h30 – Kintsugi – 100 Memórias - Sala - Memórias | L 4
10h45 – O não lugar de Agada Tchainik - Sala - Risos | L 6
12h00 – Trueque - HALL de ENTRADA
14h00 – Vozes do Lume - Memória em Canção - Sala - Memórias | L 4
16h00 – Café com Queijo - Sala - Café com queijo | L 8
16h30 - Prisão para a Liberdade - Sala - Memórias | L 4
18h30 – Cabaré Risos de Outono - Sala - Risos | L 6
Sobre as apresentações:
VOZES DO LUME - MEMÓRIA EM CANÇÃO
As canções sempre fizeram parte dos ritos do Lume. Ritos de chegada, ritos de encontro, ritos de despedida. Cantamos para abrir e fechar os trabalhos do dia, para receber amigos, para agradecer uma acolhida, para dizer adeus, para saudar aqueles que já partiram. Nossa voz se fez soar em plataformas de petróleo, praças e ruas, escolas, teatros, presídios, comunidades indígenas, barcos e tanto, tanto chão por esse mundão afora. E quer motivo maior para cantar do que festejar 40 anos de vida? Assim nasce “Vozes do Lume – Memória em Canção”, como mais um pretexto para estarmos juntos, soltando a voz para celebrar uma vida de teatreiros, reforçando nossa crença de que é no encontro que reside a força vital da nossa arte. As canções escolhidas fazem parte do repertório afetivo do grupo e serão entremeadas por narrativas de memórias e imagens do acervo artístico do Lume.
Ficha técnica
Criação e atuação: Ana Cristina Colla, Carlos Simioni, Jesser de Souza, Naomi Silman, Raquel Scotti Hirson, Renato Ferracini e Ricardo Puccetti Projeção: Alessandro Poeta Soave Técnico responsável: Francisco Barganian Audiovisual: Alessandro Poeta Soave Realização: Lume Teatro
CABARÉ EFÊMERO
Um espetáculo com Ricardo Puccetti (LUME), explora a improvisação total com o público, utilizando um ambiente com objetos e ideias para criar uma experiência única e efêmera. A peça é um desafio para o palhaço, que busca a colaboração do público para construir a narrativa em tempo real.
Ficha técnica
Criação e Atuação: Ricardo Puccetti Ambientação Sonora: Naomi Silman Desenho de Luz: Francisco Barganian Técnicos responsáveis: Dani Salvi, Eduardo Albergaria e Francisco Barganian Registro Audiovisual: Alessandro Poeta Soave Realização: Lume Teatro
CAFÉ COM QUEIJO
Conversas e histórias, entremeadas por canções e versos, compartilham com o público as vozes e vidas encontradas pelos atores em suas andanças pelo Brasil. No aconchego de uma colcha de retalhos, fala-se um pouco de tudo: de curas para males de saúde e do coração, das artes da conquista, de comida, festa, morte, trabalho, solidão, aculturação. Neste espetáculo delicado, tudo tem cheiro e sabor, e não apenas de café com queijo ralado - bebida típica oferecida aos atores no interior de Tocantins. Criado em 1999, o espetáculo já se apresentou em diversas cidades do Brasil, tendo participado dos principais festivais nacionais de teatro e nas cidades de Lisboa, Évora e Santo André, em Portugal.
Ficha técnica
Criação, concepção e atuação: Ana Cristina Colla, Jesser de Souza, Raquel Scotti Hirson e Renato Ferracini Iluminação: Abel Saavedra Figurinos: Fernando Grecco Costureiras: Nair Barbosa Pinto e Carmem Castanho Apoio musical: Ivan Vilela e Kai Bredholt Músicas Reproduzidas: "Paisagens" e "Calma Roceira” de Ivan Vilela e "Deus Fez o Dia", executada por Seu Justino em pesquisa de campo Realização: Lume Teatro
KINTSUGI 100 MEMÓRIAS
Kintsugi-100 memórias é uma proposta cênica que, partindo dos limites da teatralidade e de modo fragmentário, tenta aproximar-se de uma ideia de memória não linear nem bucólica,mas sim uma memória que apresenta o gesto da vontade no ato de lembrar. Para nós, a memória não é nem monumentalista nem autocomplacente; é, sim, um exercício do presente para revisitar as crises passadas, os erros cometidos, as cicatrizes - pessoais e coletivas - que a história nos deixou e, assim, corrigir o nosso futuro; é o reencontro com a dor como ato de superação. Em termos cênicos, o espetáculo busca assumir as premissas conceituais anteriormente narradas e propõe, a partir da exibição de 100 memórias, uma dramaturgia autoficcional desconstruída de maneira não narrativa que transita perifericamente pela história dos intérpretes, suas histórias em grupo e, como projeção, pela história dos espectadores. Kintsugi, ou a beleza da imperfeição, é uma palavra japonesa que significa emenda com ouro. Essa arte consiste em reparar cerâmica quebrada com uma mistura de laca e pó de ouro, prata ou platina.
Ficha técnica
Concepção e criação: Ana Cristina Colla, Emilio García Wehbi, Jesser de Souza, Pedro Kosovski, Raquel Scotti Hirson e Renato Ferracini Atuação: Ana Cristina Colla, Jesser de Souza, Raquel Scotti Hirson e Renato Ferracini Direção: Emilio Gracía Wehbi Dramaturgia: Pedro Kosovski Desenho Sonoro: Janete El Haouli e José Augusto Mannis Projeção Acústica: José Augusto MannisIluminação: Eduardo Albergaria Operação de iluminação: Francisco Barganian Orientação Coreográfica: Jussara Miller Fotografia: Alessandro Soave e Arthur Amaral Realização: Lume Teatro
PRISÃO PARA A LIBERDADE
Nesta demonstração de trabalho, o ator Carlos Simioni aborda a própria trajetória junto do Lume e revela que a técnica pode ser tanto uma prisão quanto um trampolim para o ator. Fala sobre o percurso desde a fundação do Lume, em 1985, seu encontro com os mestres de teatro, as técnicas desenvolvidas junto do grupo, como o treinamento físico cotidiano, a construção de técnicas de expansão e dilatação do corpo no espaço e no tempo, técnicas de manipulação de diferentes qualidades de energias e sua distribuição no espaço, além do treinamento vocal e elaboração de personagens e construção de cenas. Prisão para a Liberdade foi apresentado no Brasil, Estados Unidos da América, Itália, Dinamarca, Bélgica, Costa Rica, Colômbia e Portugal.
Ficha técnica
Concepção, criação e atuação: Carlos Simioni Realização: Lume Teatro
SERESTANDO MULHERES
Em sua busca por “ser-estar” na cena, a atriz Ana Cristina Colla, ao longo de décadas de pesquisa junto ao Lume Teatro, visitou pessoas, cidades, mestres e recantos. Entre encontros e confrontos, foi depurando seu fazer teatral, passando pela mímesis das corporeidades, a dança pessoal, visitando o butoh, como portas para a própria singularidade. “SerEstando Mulheres” é uma história “dançada” pela atriz, sobre si mesma e sobre outras mulheres. Uma colcha de retalhos, pedaços conhecidos e sempre ressignificados, espalhados por diversos espetáculos. A matéria que o compõe surge de momentos distintos do seu caminhar de atriz e mulher no Lume Teatro. Um encontro forte e delicado com o feminino, onde a atriz narra através das imagens que cria e corporifica, seu saber impresso no corpo.
Ficha técnica
Criação: Fernando Villar e Ana Cristina Colla Atuação: Ana Cristina Colla Direção: Fernando Villar Músicas: Rodrigo Cariranha, Robert Medzo e Greg Slivar Concepção de Figurino: Silvana Nascimento Concepção de luz: Maria Emília Cunha Alves Técnicos responsáveis: Daniel Salvi, Eduardo Albergaria e Francisco Barganian Design gráfico e fotografia: Arthur Amaral Registro audiovisual: Alessandro Soave Realização: LUME Teatro
O NÃO-LUGAR DE ÁGADA TCHAINIK
Num mundo apocalíptico logo após a erupção de um vulcão, onde a sobrevivência é tudo, e cada passo é uma decisão agonizante a ser – ou não ser – tomada, Ágada Tchainik aparece, convidando o público a segui-la em sua viagem. Compulsiva, à beira de um ataque de nervos, com sua fala errante, ela torna o público seu grande parceiro, com quem interage, às vezes convocando ajuda, ás vezes provocando, num jogo divertido e único a cada apresentação. Conforme ela caminha por sua própria mente confusa - desde lavar pratos até assuntos românticos - o drama de sua alma, ridícula e delicada, se revela. Dirigido pela canadense Sue Morrison, conhecida mundialmente por seu método de trabalho “O Clown Através da Máscara”, que mescla a tradição do palhaço sagrado das tribos indígenas norte-americanas com a do palhaço europeu, o espetáculo estreou em julho de 2004.
Ficha técnica
Concepção, criação e texto: Naomi Silman e Sue Morrison Atuação: Naomi Silman Direção: Sue Morrison Concepção de luz: Eduardo Albergaria Confecção de cenografia e acessórios: Abel Saavedra e Eduardo Albergaria Técnicos responsáveis: Dani Salvi, Eduardo Albergaria e Francisco Barganian Design Gráfico: Arthur Amaral Audiovisual: Alessandro Soave Realização: Lume Teatro
CABARÉ RISOS DE OUTONO
Uma celebração entre o LUME Teatro e parceiros de longa data. Com a potência brincante da palhaçaria como eixo, Risos de Outono é um espetáculo-cabaré que celebra encontros, afetos e cumplicidades cênicas construídas ao longo de trajetórias compartilhadas. No palco, reúnem-se artistas do LUME Teatro criando uma atmosfera festiva, sensível e imprevisível, onde o riso surge como linguagem de comunhão. Uma noite de variedades esplendorosas - como as cores de outono - com números de força, equilíbrio, acrobacia, poesia, dança e até dicas de beleza, sempre com muito espaço para o improviso e o jogo das palhaças e palhaços habitando o instante. A direção de Ricardo Puccetti orquestra essa criação coletiva, dando espaço para a singularidade de cada performer e à escuta entre as presenças.
Ficha técnica
Direção: Ricardo Puccetti Atuação: Ana Cristina Colla e Naomi Silman (LUME Teatro)Técnicos responsáveis: Eduardo Albergaria e Francisco Barganian Audiovisual: Alessandro Poeta Soave Realização: Lume Teatro
TRUEQUE: CENAS, CONTOS E CANTOS
Uma apresentação artística interativa que celebra a troca de saberes e a partilha de memórias. TRUEQUE propõe uma cena viva e festiva, onde artistas e público constroem juntos um mosaico de expressões: canções, histórias, danças, gestos e relatos que emergem do encontro.A apresentação se desenrola como um cabaré de afetos — um grande quintal aberto onde cada participante pode oferecer uma canção, um conto, um movimento ou uma memória, compondo, junto aos artistas do LUME, uma criação coletiva e pulsante.TRUEQUE é uma experiência artística de convivência e interação, onde a arte surge da escuta, da presença e do compartilhamento, dissolvendo fronteiras entre quem apresenta e quem assiste.
Ficha técnica
Criação e atuação: Ana Cristina Colla, Carlos Simioni, Jesser de Souza, Naomi Silman, Raquel Scotti Hirson, Renato Ferracini e Ricardo Puccetti Direção: Naomi Silman e Jesser de Souza (Lume Teatro) Técnicos responsáveis: Eduardo Albergaria e Francisco Barganian
Audiovisual: Alessandro Poeta Soave Realização: Lume Teatro