fotos: Ana Carolina Salomão (1/4), Luís Reis (2/10), Mariana Rotili (menu espetáculos/cabeçalho/3/5/6/7/8/9).
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“Em Mulher Barro, a performer Naomi Silman e a sua colaboradora, a fotógrafa Mariana Rotili, criaram uma obra intrigante e contagiante que nega categorização. É performance? Teatro de rua? O andar radical de um “flaneur
? Uma maneira elaborada de criar fotografias extraordinárias? É tudo isso acima. Ela existe no momento, e existe nas imagens fotográficas criadas. Existe como ‘performance’ para os que sabem o que é isso e vieram para assistir e para todos que estão compartilhando aquele espaço naquele momento. É planejado, mas planejado para incluir os elementos aleatórios da rua que inevitavelmente ocorrem(...) E participando, observando, seguindo, nos tornamos cúmplices na questão chave do “olhar
(Dorothy Max Prior, editora da revista “Total Theatre”, março 2017)
MULHER BARRO
INTERVENÇÃO URBANA EM TRÊS TEMPOS: AÇÃO PERFORMATIVA DE MÃOS DADAS COM A FOTOGRAFIA
Numa praça, no meio da cidade, uma mulher chega devagar. Caminha até um monte de terra, tira os sapatos, faz o barro com ajuda da água e inicia a mescla com seus pés. Pisa, abre, entra, atrita, entrega. O barro a cobre por inteiro, roupa, cabelo e corpo se fundem. Ela sai outra. Surge a Mulher Barro, mulher lama, escultura terracota.
A ação performativa Mulher Barro realizada desde 2016 por Naomi Silman – atriz com mais de 20 anos de pesquisas em teatro junto ao premiado grupo LUME Teatro – utiliza como matéria prima o barro, criando múltiplas relações com o corpo, a paisagem urbana e o público local, numa escuta dos estímulos externos sem desenho predeterminado, instaurando um contratempo ao ritmo da cidade.
Durante a ação, que tem uma duração média de 45 minutos, a fotógrafa Mariana Rotili acompanha a Mulher Barro com sua câmera, construindo uma narrativa-imagética e criando camadas de leitura que vão além do registro.
Na etapa seguinte, uma imagem fotográfica é escolhida, ampliada em grande formato e aplicada como lambe-lambe no local da performance, devolvendo ao espaço uma memória visual da ação realizada. O lambe-lambe é proposto como um documento efêmero, sensível ao tempo – clima – poluição - interferência de transeuntes - abrindo uma janela poética que pensa os usos do espaço público.
instagram: @mulherbarro | www.instagram.com/mulherbarro
FICHA TÉCNICA
Criação e atuação: Naomi Silman (LUME Teatro)
Fotografia e aplicação de lambe-lambe: Mariana Rotili
Técnicos responsáveis: Dani Salvi, Eduardo Albergaria e Francisco Barganian
Design Gráfico: Arthur Amaral
Registro de video: Mariana Rotili
Realização: LUME Teatro
Duração: 40-60min.
Indicação Etária: 10 anos