Núcleo interdisciplinar de pesquisas teatrais da Unicamp

É um teatro pobre, mas requintado num espaço pequeno. Mesmo este tem seu requinte, que reside na sua simplicidade, na autenticidade da chácara, que poderia ser um sítio - e que o foi. Ou no calçamento de pedras lateral à casa, que é antigo e se nossa fantasia funcionar, poderia ter chegado a ter sido colocado por escravos. Escravos mesmo? Pelo menos pelos aparentes escravos do quotidiano. O requinte do teatro, neste espetáculo, está na arte de ator. Fruto de pesquisa pessoal do grupo LUME pelo interior do Brasil, os relatos são fruto do material recolhido, que abrangeu narrativas, músicas e, especialmente, movimentos, posturas, tons de voz, timbres, ritmos, expressões. O resultado é uma seqüência de cenas que poderiam ser vistas como díspares e meramente coladas. No fim do espetáculo, o que se sente é muita emoção. Por quê? As razões são mais complexas do que se poderia imaginar à primeira vista.

Esse espetáculo estreiou em 1995, na Mostra de Maio, na sede do LUME e se apresentou até 1998.

Para saber mais clicar aqui e ler o belíssimo texto da Profa. Suzi Frankl Sperber sobre o espetáculo!