Núcleo interdisciplinar de pesquisas teatrais da Unicamp

Em abril de 2005, na semana de estréia do espetáculo SHI-ZEN, no SESC-Belenzinho, na cidade de São Paulo, fui contatado para participar de um documentário em uma tribo dos índios Kraós, no Estado de Tocantins. O documentário, dirigido pela atriz Letícia Sabatella e Gringo Kardia, iria enfocar a figura do hotxuá, espécie de palhaço presente na cultura dos Kraós, e a idéia de minha participação seria a de realizar um encontro entre os hotxuás e um palhaço oriundo de outra tradição. A princípio tomei um susto com o convite, tanto por desconhecer a existência desta figura em tribos brasileiras, como também pelo momento caótico em que estava por causa da estréia de nosso espetáculo. Mas, como curioso que sou, e também pela prática de constante busca em meu trabalho (qualidade desenvolvida aqui no Lume), resolvi participar desta experiência. E como foi acertada esta decisão!